Comprar um carro ou andar de Uber? Existe certo ou errado nessa história?

--

Neste artigo você vai entender qual o cálculo que precisa ser feito para saber em que momento um é mais vantagem que o outro

Por Carol Stange

“Ter um carro, apesar de caro, é um investimento!” Para tudo, antes de seguir, eu preciso te contar, consideramos como investimento os recursos que empregamos para obter lucro futuro, como o recebimento de juros, por exemplo.

Sendo assim, um carro, que não seja usado para gerar renda como Uber, por exemplo, só vai trazer no final das contas, despesa. Mesmo que, o automóvel seja adquirido com o intuito de vendê-lo depois, é certo de que esse bem não sofrerá valorização ao longo do tempo, ou seja, não haverá lucro com essa operação (salvo se estivermos falando de carros de coleção que costumam se valorizar ao longo do tempo e chegam a valer milhões). Mas voltando à vida cotidiana, é notável que um automóvel à disposição nos proporciona mais comodidade e até mesmo segurança., Porém, investimento financeiro no sentido real da palavra, ele não é.

Detalhado esse ponto, vamos para a parte prática? Eu fiz uma simulação para ajudar você a analisar se, no seu caso, é melhor comprar um veículo, alugá-lo ou ainda, se contratar transporte por aplicativo é a melhor opção.

Vamos imaginar a seguinte situação:

  • Valor total do veículo: R$70.000,00.
  • Financiamento do valor total em 36x a uma taxa de 1,5% am.
  • Objetivo: ir e voltar ao trabalho nos cinco dias da semana (equivalente a 14 quilômetros por dia) e uma viagem curta por mês, de 200 km total (ida e volta).
  • Desempenho do veículo: 7 km por litro de combustível
  • Preço da gasolina: R$4,55

Idealmente, um cálculo completo para ajudar nessa decisão leva em consideração o Custo de oportunidade, que é como chamamos o resultado financeiro consequente das nossas escolhas financeiras. Este mesmo cálculo deve ser feito quando escolhemos entre viajar ou guardar dinheiro, pois estamos falando de escolhas, desse modo, entra o custo de oportunidade.

Geralmente no mundo dos investimentos, usamos duas métricas para esse fim: a taxa SELIC e o CDI. É através dessas taxas que descobrimos se o investimento está dando retorno superior aos dois principais custos de oportunidades a ser considerados. Felizmente, o Banco Central disponibiliza uma ferramenta para ajudar nesse cálculo. Então, é preciso apenas colocar as datas inicial e final do investimento, bem como o valor a ser corrigido.

Com o intuito de deixar o texto mais ágil e palatável. nesse momento, os cálculos apresentados a seguir não consideram o custo de oportunidade. Esse tema será discutido com todos os detalhes que merece em um artigo futuro. Por enquanto, as tabelas a seguir podem ajudar bastante (se não completamente) na sua tomada de decisão:

Se você escolhe TER um carro

Não ter um carro

Uso de aplicativos de carona (Uber, 99 Pop, Cabify) e aluguel de um veículo para a viagem curta mensal:

Não ter um carro

Olhando apenas os números, dá para entender que ter um carro sai muito mais caro, não é? Alugar um veículo para um período pré determinado ou chamar um carro de aplicativos de carona é mais prático e pode ser até um alívio. Lembrando que você não precisa se preocupar com alguns detalhes do carro próprio como IPVA, seguro, manutenção ou até mesmo, conforto por não precisar buscar por vaga e estacionamentos quando você sai…

Mas como nem toda decisão financeira é matemática, em algumas épocas da vida esse custo maior pode ser justificado, como por exemplo, dar mais segurança a você quando se estuda à noite, proporcionar maior conforto caso você more muito longe do trabalho ou ainda, dar praticidade quando se torna mãe de crianças pequenas sendo preciso definir roteiros entre casa, escola, atividade extracurricular e supermercado.

Outra opção para quem não deseja comprar um carro no momento, mas precisa do veículo para o dia a dia, é o carro por assinatura. Essa tem sido uma modalidade cada vez mais atrativa. No carro por assinatura você paga uma mensalidade e não precisa se preocupar com nenhum outro gasto, como IPVA, seguro e manutenção.

O importante é que, existem diversas opções hoje para serem exploradas. Mas lembre-se: tudo isso precisa fazer sentido para a sua vida financeira, e a de mais ninguém.

Um beijo e vejo você no próximo conteúdo sobre Finanças Pessoais! Até mais!

Sobre a autora:

Carol Stange orienta pessoas, há mais de 15 anos, sobre Finanças Pessoais, Educação Financeira, Desenvolvimento e Gestão de pequenos negócios. Apaixonada por Educação Financeira, Carol é educadora, colunista, palestrante, empreendedora e micro influenciadora digital, com mais de 50 mil pessoa acompanhando seus posts diários sobre o tema em suas redes sociais. Conheça mais em www.carolstange.com.br e www.comoenriquecerseufilho.com.br

--

--

Ação Jovem do Mercado de Capitais

O Ação Jovem do Mercado Financeiro e de Capitais (AJ) é uma associação sem fins lucrativos que visa aproximar os brasileiros do mercado financeiro - www.ajmc.br